Oct. 24, 2011, 12:35 p.m.
K&B - 462: Chapter 9
E - Words: 2,470 - Last Updated: Oct 24, 2011 Story: Closed - Chapters: 9/? - Created: Oct 09, 2011 - Updated: Oct 24, 2011 141 0 0 0 0
"Amanh� � anivers�rio do meu irm�o, o Finn".
"Eu sei, K. Voc� me avisou e eu j� disse que n�o tem problema nenhum a gente adiar o cinema que hav�amos marcado" disse Blaine, sorrindo.
Kurt respirou e deu as m�os para Blaine. "B., na verdade, eu queria te fazer uma pergunta. E, por favor, sinta-se � vontade para dizer n�o. Eu n�o quero que voc� se sinta obrigado a nada a n�o ser que realmente queira. Voc� sabe que eu n�o te obrigo a nada e..."
"... calma K" interrompeu Blaine. "eu n�o sei o que voc� est� dizendo, mas fique calmo"
"Desculpa... eu s� queria saber... voc� sabe que � muito importante para mim, e agora n�s somos namorados, ent�o..." dizia Kurt, olhando para o ch�o. Blaine entendeu o que o namorado queria e sorriu.
"... sim, Kurt Hummel. Eu vou com voc� no anivers�rio do seu irm�o" disse Blaine, segurando o rosto de Kurt em suas m�os "Eu irei com voc�, como seu namorado" completou, beijando os l�bios de Kurt.
Quando os dois se afastaram, Kurt n�o conseguia parar de sorrir. Ele estava querendo chamar o Blaine para apresent�-lo � sua fam�lia, mas tinha medo de que ele n�o estivesse preparado para este grande passo. Na verdade, Blaine o surpreendeu ao concordar de uma forma t�o natural.
"Obrigada, B. Eu te amo"
"Eu te amo mais. Vem aqui" disse, puxando Kurt para o seu lado.
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Naquela mesma tarde, um Blaine apavorado bateu � porta do dormit�rio de Sam e Paul.
"Blaine!"
"Oi, Paul"
"Que cara � essa? Parece que viu um fantasma!"
"Estou precisando de ajuda" disse Blaine, entrando no dormit�rio antes mesmo que Paul o convidasse.
"O que aconteceu? Voc� e o Kurt brigaram?" perguntou Paul, preocupado.
"N�o! Claro que n�o!" disse Blaine, surpreso por algu�m pensar que um dia eles poderiam vir a brigar.
"Ent�o o que aconteceu?"
"O Kurt... ele me convidou para ir com ele no anivers�rio do seu irm�o" disse, nervosamente.
"Ent�o � isso?" perguntou Paul, segurando o riso. "Voc� est� nervoso porque vai conhecer a fam�lia do seu namorado!"
Blaine apenas confirmou com a cabe�a, incapaz de formular uma frase.
"Por que voc� est� nervoso? N�o h� nada demais nisso, n�o �? Pelo que eu saiba o pai do Kurt e a madrasta s�o pessoas �timas. Eles criaram o Kurt muito bem"
"Eu sei. Na verdade, eu n�o sei. Eu estou nervoso! Eu nunca fui o namorado de ningu�m. Eu nunca conheci a fam�lia de ningu�m! Eu tenho medo de fazer ou de falar alguma besteira!"
"Blaine, voc� n�o vai fazer nenhuma merda. Voc� � um cara legal e que ama o Kurt. Isso est� na sua cara! N�o tem como eles n�o gostarem de voc�"
"Ei, o que est� acontecendo aqui?" perguntou Sam, que havia acabado de chegar.
"O Blaine est� surtando porque vai conhecer os pais do Kurt"
"Ih, grande passo, cara! Eu estaria surtando tamb�m se fosse comigo!" disse Sam e Paul revirou os olhos de raiva, porque a ideia era ajudar Blaine a ficar calmo, e n�o deix�-lo ainda mais nervoso.
"O que eu devo fazer?" perguntou Blaine.
"Seja voc� mesmo, eles v�o te adorar" afirmou Paul.
"N�o digo adorar, porque os pais nunca adoram a pessoa que est� fazendo sexo com o filho deles" disse Sam, rolando de rir.
"Sam, qual � o seu problema?" perguntou Paul, indignado com as coisas que saiam da boca de Sam.
"N�s n�o fizemos nada ainda..." disse Blaine. "Eu me sinto um p�ssimo namorado..."
"N�o escute o Sam. Blaine, quando voc� estiver l� na casa da fam�lia do Kurt, e sentir que vai surtar, que a press�o � muito grande... olhe para o Kurt. Olhe nos olhos dele e voc� vai ver que tudo isso vale a pena. Tenho certeza que ele estar� muito feliz por t�-lo por perto".
Blaine, finalmente, sorriu. "Eu fa�o qualquer coisa pelo Kurt".
"N�s sabemos"
"Eu n�o quero mais tomar o tempo de voc�s com um assunto desses, desculpa"
"N�o tem problema nenhum" disse Paul.
"Para mim � um prazer dar conselhos amorosos" afirmou Sam, e os tr�s riram.
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"Voc� est� lindo!" disse Kurt, aproximando-se de Blaine enquanto este se arrumava no espelho. Os dois ficaram se olhando no espelho, com os bra�os em torno do outro.
"N�s somos um belo casal, n�o acha?" perguntou Blaine.
"Eu tenho certeza" afirmou Kurt, virando Blaine para si para beij�-lo. O beijo come�ou doce e lento. Blaine lambeu o l�bio inferior de Kurt, o que fez com que Kurt soltasse um leve gemido e abrisse sua boca para receber a l�ngua de Blaine. Ela explorava toda a boca de Kurt e depois de um tempo o beijo ficou mais intenso, molhado e cheio de desejo. Kurt beijou o pesco�o de Blaine e chupava aquela �rea com intensidade. Ele sabia que era prov�vel que ficasse uma marca na pele de Blaine, mas ele n�o conseguia se importar com aquilo no momento.
As m�os de Blaine deslizavam pelas costas de Kurt e foram descendo cada vez mais. Ao mesmo tempo, Kurt colocava os bra�os em volta do pesco�o de Blaine, puxando-o para mais perto. As m�os de Blaine chegaram na cintura de Kurt e automaticamente desceram para a sua bunda. Kurt soltou um gemido alto ao ser surpreendido com o Blaine dando uma leve apertada em sua bunda.
"B..." sussurrava Kurt, entre os beijos.
"Sim..."
"Suas m�os... est�o..."
"Eu sei..."
Ambos j� estavam excitados e podiam sentir um ao outro. Kurt estava perdendo o controle. Eles nunca haviam se beijado daquela forma. "Ser� que isso tudo � por que eu o convidei para conhecer a minha fam�lia?" pensava Kurt.
"B... � melhor a gente parar" disse Kurt, separando os dois. Blaine apenas concordou com a cabe�a e eles ajeitaram suas roupas. Estava na hora de irem.
"Eles v�o te adorar" disse Kurt, sorrindo para Blaine, enquanto entravam em seu carro.
"Eu espero que sim"
A viagem at� a casa dos pais de Kurt foi silenciosa. Blaine estava nervoso, Kurt percebia, mas Blaine fazia de tudo para que Kurt n�o percebesse. Os dois estavam tentando ao m�ximo tranquilizar um ao outro, mas no fundo n�o conseguiam encontrar ar suficiente para espirar.
"… aqui, chegamos" disse Kurt, estacionando o carro em frente a uma bela casa branca.
Os dois desceram do carro e se dirigiram � porta. Kurt olhou para Blaine e os dois deram as m�os. As m�os de Blaine estavam geladas e ele parecia um pouco p�lido. Eles tocaram a campainha.
Uma mulher simp�tica atendeu a porta. "Kurt, querido! Que saudade!" gritou a mulher, abra�ando-o fortemente.
"Ol� Carole! Tamb�m senti muita saudade" respondeu Kurt.
"E este belo rapaz deve ser o Blaine?" perguntou Carole, soltando o Kurt e indo em dire��o ao Blaine.
"… um imenso prazer conhec�-la" disse Blaine, polidamente.
"Que rapaz educado! Seja muito bem vindo � nossa fam�lia" disse Carole, abra�ando-o. "Venham garotos, Burt, Finn e Rachel est�o aqui dentro"
Eles seguiram Carole pelo corredor da casa. Os dois voltaram a dar as m�os, mas Kurt percebeu que Blaine j� estava menos tenso.
"Pessoal, vejam quem acabou de chegar!" exclamou Carole, entrando na sala de estar.
"Kurt!"
"Rachel! Oi!" disse Kurt, enquanto Rachel corria at� ele para abra��-lo. "E voc� deve ser o Blaine! O Kurt sempre fala de voc� nas nossas liga��es. … t�o bom poder finalmente conhec�-lo! Eu sempre achei que o Kurt deveria arranjar um namorado como voc� e agora a� est�... � tudo t�o perfeito!"
"Rachel! Rachel! Pare de assustar o garoto! Sou Finn, irm�o do Kurt, muito prazer." disse Finn, cumprimentando Blaine.
"Muito prazer em conhecer voc�s dois. O Kurt fala muito de voc�s. E parab�ns, Finn" respondeu Blaine, educadamente.
"Kurt, meu filho!" disse Burt, dirigindo-se at� Kurt para dar-lhe um abra�o.
"Pai, eu sinto muito a sua falta"
"E eu a sua, filho."
"Pai, este � o Blaine, meu namorado" disse Kurt, ofegante.
Burt hesitou, olhando bem para Blaine, mas logo soltou um leve sorriso. "Blaine, seja bem vindo � fam�lia"
"… uma honra conhec�-lo, senhor"
"Aqui nesta casa n�o � preciso de tanta formalidade. Pode me chamar de Burt."
"Ok, senhor. Desculpe. Ok, Burt" e todos na sala riram.
Kurt e Blaine sentaram-se no sof� enquanto Burt e Carole foram at� a cozinha arrumar as coisas para o jantar.
"Kurt! Eu queria umas dicas suas de roupas para usar em NY. Voc� pode ir at� o quarto para eu mostrar pra voc�?" perguntou Rachel.
"Ah, eu posso sim, Rachel" disse Kurt, desconfiado.
"Isso, v�o, eu fico aqui conversando com o Blaine" completou Finn, e Kurt percebeu que isso talvez tivesse sido uma arma��o para que o Finn pudesse conversar a s�s com o Blaine. Ele deu um leve aperto na m�o de Blaine, fazendo sinal de que estava tudo bem, e foi atr�s de Rachel.
"Blaine..." come�ou Finn. "Ent�o voc� � o colega de dormit�rio de Kurt"
"Sim" confirmou Blaine.
"Interessante... eu, eu n�o quero insinuar nada, eu juro. Mas eu apenas queria saber se isso que voc�s est�o tendo � algo realmente s�rio ou se � apenas uma rela��o conveniente, voc� sabe... j� que voc�s s�o companheiros de dormit�rio, as coisas ficam mais f�ceis de acontecer, se voc� me entende"
"Eu... eu entendo sim. Mas... o que eu tenho com o Kurt, � muito s�rio..."
"... � bom mesmo" interrompeu Finn "porque o Kurt te ama muito. N�s podemos ver a mudan�a nele, e isso realmente agrada a todos n�s. Estamos muito felizes por ele e eu apenas queria saber se isso � rec�proco, entende? N�o me leve a mal, por favor"
"Finn, eu entendo sua preocupa��o com o seu irm�o, mas eu posso te afirmar que n�o h� nada mais importante na minha vida do que o Kurt. Seu irm�o � tudo para mim. Ele mudou a minha vida, me tornou uma pessoa melhor" disse Blaine, e Finn p�de notar que seus olhos estavam marejados. "Voc� sabe como � isso. Voc� ama a Rachel, n�o ama? … a mesma coisa. Eu poderia morrer pelo Kurt"
"Eu... eu fico muito feliz em ouvir isso. Espero que voc�s sejam muito felizes juntos" disse Finn.
Por�m, n�o era apenas Finn que estava feliz com aquelas palavras. Burt havia escutado a conversa enquanto passava no corredor e respirou de al�vio e de emo��o ao ver que o seu filho havia finalmente encontrado algu�m para dividir sua vida.
Kurt estava de volta ao lado de Blaine na sala de estar, e dessa vez foi Burt que sentou-se junto aos garotos para conversar.
"Bom, voc� dois est�o namorando. Eu fico feliz por voc�s"
Kurt e Blaine continuaram em sil�ncio. "Eu realmente fico feliz, garotos" confirmou Burt, sorrindo.
"Isso � muito importante para n�s, pai" disse Kurt, e Blaine concordou.
"E eu fico grato por isso. Apenas quero dizer para voc�s... eu sei que pode ser um pouco tarde demais para dizer essas coisas... mas, por favor, tomem cuidado... voc�s ainda s�o jovens..."
"Ai n�o... ele n�o est� falando desse assunto, est�? Que vergonha, eu quero sumir" pensava Kurt.
"O pai dele est� falando de sexo? Ele vai me matar. Ele vai me matar um dia, eu sei" pensava Blaine, apavorado.
"Eu sei que voc�s s�o garotos, e que n�o existe o problema gravidez para voc�s, mas..." continuava Burt.
"Eu n�o consigo ouvir isso... n�o consigo..." pensava Kurt.
"... depois pode haver o arrependimento..."
"Chega pai, por favor!" Kurt suplicou.
"Eu s� estou querendo dizer para voc�s que talvez..."
"Pai, por favor! Somos adultos agora, n�s sabemos muito bem o que estamos fazendo, n�o h� motivos para voc� se preocupar" disse Kurt, que percebeu que o pai estava sem gra�a. "E pai... fique tranquilo... ainda n�o aconteceu nada..." Kurt n�o queria dizer aquilo, mas ficou com pena de ver a preocupa��o nos olhos do seu pai.
"N�o? Ah... �timo assim. Continuem assim... eu vou... ajudar a Carole..." disse, indo em dire��o � cozinha.
"Me desculpa, B" sussurrou Kurt.
"N�o tem problema. Seu pai s� est� preocupado"
Na hora do jantar, todos estavam sentados � mesa e Blaine j� estava muito mais � vontade, principalmente depois de todos terem dado-lhe as boas vindas � fam�lia. Agora ele era um deles. Ele finalmente tinha a fam�lia que ele sempre sonhou em ter.
"Quero fazer um brinde, ao nosso aniversariante, Finn!" disse Carole, e todos ergueram os seus copos.
"Obrigado! Eu queria agradecer a presen�a de todos aqui. N�o h� b�n��o maior do que passar o anivers�rio ao lado das pessoas que a gente ama. M�e, eu te amo do fundo do meu cora��o. Voc� me criou e me ensinou a ser um homem de car�ter e a lutar pelos meus sonhos. Burt, voc� � o meu pai agora, e eu nunca vou deixar de amar o homem que faz a minha m�e t�o feliz e que me aceitou na fam�lia de bra�os abertos. Rachel, meu amor, voc� � a raz�o pela qual eu respiro. Minha companheira e futura esposa. Eu te amo. Kurt, meu irm�o querido. Eu sinto a sua falta todos os dias e agrade�o por Deus ter colocado uma pessoa t�o pura e honesta neste mundo. Blaine, seja bem vindo � esta fam�lia, saiba que voc� sempre ter� a n�s para estar ao seu lado, n�o importa o que aconte�a. Obrigado a todos!"
Todos deram seus vivas e come�aram a comer. Era um ambiente tranquilo e acolhedor.
"Blaine, me fale um pouco sobre a sua fam�lia. Voc� tem irm�os? Os seus pais s�o de onde?" perguntou Burt, para puxar conversa.
Blaine empalideceu novamente e Kurt fechou os olhos, tristemente. Esse era um assunto que ele esperava que n�o aparecesse no jantar, mas Blaine tomou coragem e respondeu, da forma mais controlada poss�vel.
"Eu n�o tenho irm�os, infelizmente. Adoraria ter uma fam�lia grande, mas isso n�o foi poss�vel. Quanto aos meus pais, eles moram mais ao Sul, mas eu... eu... eu n�o tenho mais contato com eles" completou, abaixando os olhos.
Todos na mesa perceberam que o assunto era delicado e ningu�m mais tocou neste assunto. Eles falaram sobre a faculdade, sobre o noivado de Rachel e Finn e o trabalho de Burt. Era um jantar normal, em uma fam�lia normal. Exatamente como Blaine sempre sonhara.
"Voc� ficou chateado com a conversa do meu pai?" perguntou Kurt, enquanto estavam se dirigindo para o carro.
"N�o. Nem um pouco"
"S�rio?"
"K., eu tive hoje um encontro de fam�lia. Voc� sabe o que isso significa para mim? Eu nunca tive isso. E n�o estou triste, na verdade eu estou feliz. Eu nunca me senti como sendo parte de algo, e aqui eu me senti como um de voc�s" disse Blaine.
"Eu te amo, B. E minha fam�lia agora te ama tamb�m. Voc� vai ter que conviver com isso" riu Kurt.
"…, vai ser mesmo uma aventura" riu Blaine.
"Obrigado por ter vindo"
"Obrigado por ter me convidado" disse Blaine, dando um beijo nos l�bios de Kurt, quando os dois ouviram um barulho e perceberam que era a Rachel, que havia acabado de tirar uma foto dos dois se beijando.
"Desculpa, mas voc�s estavam t�o lindos conversando que eu n�o aguentei" disse Rachel, chamando os dois para ver como a foto havia ficado.
"A foto ficou linda!" exclamou Rachel. "Vou mandar para voc�s, assim voc�s poder�o mostrar para os seus netos no futuro"
Os dois riram, mas n�o deixaram de pensar que, quem sabe um dia, eles poderiam formar a sua pr�pria fam�lia.