Oct. 24, 2011, 12:35 p.m.
K&B - 462: Chapter 8
E - Words: 2,682 - Last Updated: Oct 24, 2011 Story: Closed - Chapters: 9/? - Created: Oct 09, 2011 - Updated: Oct 24, 2011 127 0 0 0 0
As pessoas ainda n�o sabiam de nada. Apesar de Blaine ter insistido a Kurt que n�o havia mais problema algum de contar �s pessoas, Kurt sabia que ele apenas estava dizendo aquilo para o agradar, mas ele ainda tinha medo. Ele n�o queria for�ar Blaine, que parecia estar a cada dia mais confort�vel com o relacionamento. Ele n�o falava mais sobre n�o ser bom o suficiente para Kurt, ele estava come�ando a dar valor a si e isso era o que mais importava no momento. … claro que Kurt queria gritar para o mundo o quanto estava feliz, mas ele estava contente em ver a felicidade nos olhos de Blaine.
Todas as noites eles ficavam sentados lado a lado na cama de um dos dois, assistindo a um filme ou simplesmente conversando. Nas �pocas de prova, os dois estudavam em sil�ncio e ocasionalmente um ou outro levantava os olhos do que estava lendo para sorrir para o outro.
Naturalmente, os beijos come�aram a ficar cada vez mais intensos. Por Kurt ser virgem, Blaine queria que as coisas fossem o mais devagar poss�vel, principalmente porque ele queria que Kurt tivesse a primeira vez que ele pr�prio n�o p�de ter. Ent�o, quando estavam sentados na cama, se beijando, e ele sentia que as coisas come�avam a esquentar demais, ele se afastava e dizia que era melhor eles darem um tempo. Kurt compreendia e sabia que Blaine estava certo de agir daquela maneira, pois n�o � porque eles eram companheiros de dormit�rio que os dois deveriam fazer sexo precipitadamente. Por�m, Kurt sempre se perguntava at� quando ele aguentaria controlar os seus instintos.
Kurt pensava em Blaine o dia todo. Quando n�o estava com ele, era nele que pensava, e � noite, quando os dois iam dormir, ele n�o deixava de ter certos pensamentos com Blaine. Kurt sentia vergonha por pensar tanto nisso, principalmente porque Blaine parecia estar controlando muito bem essa quest�o. Mas Kurt... ele queria mais de Blaine. Os beijos n�o pareciam mais ser o suficiente.
Em uma noite, Kurt acordou no meio da madrugada pensando em Blaine. Olhou para o lado e o viu dormindo, tranquilamente. Sua respira��o estava ofegante ao olhar o namorado. Kurt gemeu e olhou para o teto, tentando se concentrar. Ele sentiu que estava come�ando a ficar excitado. Blaine ali, deitado na cama ao lado, e Kurt instintivamente levou sua m�o para baixo das cobertas em dire��o ao seu membro que j� estava come�ando a ficar duro. Ele come�ou a movimentar sua m�o pelo seu membro e aumentou a velocidade aos poucos. Ele fechou os olhos e arqueou as costas, mordendo o l�bio de prazer e sufocando os gemidos. Kurt tentava n�o fazer nenhum barulho. Era a primeira vez que ele se masturbava ali no dormit�rio, com Blaine ao seu lado, e havia algo de excitante em tudo aquilo. Ele queria mais! Ele sentia a tens�o em suas bolas e aumentou a press�o em seu membro. Kurt sentiu que estava a ponto de gozar e aumentou a velocidade at� n�o aguentar mais e disse baixinho o nome de Blaine, antes de gozar em sua pr�pria m�o.
O que Kurt n�o sabia, � que na cama ao lado, Blaine estava acordado e havia visto a tudo, controlando-se para n�o ir at� l� e fazer o que ele havia prometido a si pr�prio que s� faria quando fosse a hora certa para Kurt.
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Kurt e Blaine estavam no dormit�rio de Sam e Paul. A ideia de passar l� e tomar algumas bebidas havia sido do Blaine, pois ele e Kurt estavam juntos havia dois meses e ele sentia que havia uma certa tens�o no ar. Eles n�o falavam sobre sexo, mas ambos sabiam que este era um problema no relacionamento dos dois. Kurt n�o queria for�ar Blaine, mas isso tudo era t�o estranho, afinal, ele era o virgem e n�o Blaine. A situa��o estava t�o delicada que ambos nem mesmo saiam do banheiro ap�s tomar banho, sem camisa, para evitar a tens�o sexual.
Portanto, ambos foram beber com os seus dois amigos. Eles se sentiam bem na companhia deles. Os dois sabiam que Kurt e Blaine eram gays, e eram umas das �nicas pessoas que os tratavam normalmente. Havia uma toler�ncia falsa na Universidade, onde todos fingiam n�o ter preconceitos, quando na verdade olhavam torto quando os garotos passavam nos corredores.
"Tome mais uma bebida" Sam oferecia a Kurt.
"Obrigada" respondeu Kurt, enchendo o seu copo, enquanto Blaine o olhava preocupado, pois ele j� havia bebido muito naquela noite.
"Kurt, Blaine, voc�s n�o sabem da novidade!" exclamou Paul, levantando-se solenemente e colocando as m�os no peito.
"Diga!" disse Blaine.
"Eu estou namorando!"
"Namorando? Parab�ns!" disse Kurt, sorrindo, enquanto Paul voltava a se sentar.
"Conta o melhor de tudo, cara" provocou Sam.
"O que �?" perguntou Blaine.
"… a Jessi" disse Paul, envergonhado.
"E voc�s sabem da Jessi n�..." disse Sam, olhando torto e rindo.
"O que tem a Jessi?" perguntou Kurt.
"Ela � virgem, cara" disse Sam. "Nosso amigo aqui conseguiu a �nica pessoa virgem da Universidade!" riu Sam, batendo nas costas de Paul "Nosso amigo n�o vai saber o que � sexo durante um bom tempo! Haha"
"Sim! Ela � virgem! Fazer o qu�? Eu gosto dela, est� legal?" disse Paul, que ria tamb�m.
"Virgem... n�o consigo me conformar" Sam ainda ria "Nunca pensei que ele iria encontrar uma garota religiosa!"
"Isso n�o tem nada relacionado � religi�o Sam. Pare com isso!" reclamou Paul, olhando feio para o amigo.
"N�o tem problema nenhum ela ser virgem. O Kurt tamb�m �" disse Blaine, sem pensar. Sam cuspiu a bebida que estava tomando, surpreso com a informa��o. Kurt olhou para Blaine espantado e abriu a boca para dizer algo, mas desistiu. Blaine percebeu que havia dito besteira, mas n�o sabia como concertar.
"Voc� � virgem cara? S�rio?" perguntou Sam, tentando n�o rir.
"Sou" respondeu Kurt, s�rio.
"Desculpa cara, � que eu n�o imaginava, s� isso." riu Sam.
Kurt estava com raiva de ter virado piada e havia bebido um pouco demais. Ele queria xingar o Blaine e ir embora dali.
"S� porque o cara � homem n�o quer dizer que ele n�o possa ser virgem, Sam" dizia Paul.
"Eu sei. Eu sei. Mas agora vou ter que parar de rir de voc� com a Jessi. Temos outro puritano nas depend�ncias da Universidade!"
"Voc�s j� pararam pra pensar que talvez eu seja virgem porque o outro cara n�o quer fazer sexo? Eu posso estar louco pra perder a virgindade mas meu namorado ser fraco o suficiente para n�o querer consumar o ato!" exclamou Kurt, levantando-se e pegando mais bebida.
Os tr�s garotos ficaram em sil�ncio. Kurt estava voltando com a sua bebida e parecia que n�o havia terminado de falar tudo.
"As pessoas se preocupam tanto em qual ser� o momento certo para se perder a virgindade. S� que chega uma certa hora em que o momento certo n�o existe! Foda-se o momento certo!" falava Kurt, desta vez olhando diretamente para Blaine. A bebida somada a toda a tens�o que ele sentia foram como uma bomba explodindo dentro de si. Sam e Paul se olharam sem entender.
"Kurt... voc�... est� tudo bem com voc�?" perguntou Paul.
"Voc� disse que tem namorado?" perguntou Sam, sem entender nada.
"Diga na minha cara que voc� n�o quer fazer sexo comigo! Diga!" Blaine n�o respondia � agress�o verbal de Kurt. Ele apenas olhava para Kurt, com olhar triste. "Chega de covardia! N�o aguento mais! Voc� me quer ou n�o me quer! … uma escolha, simples assim!" Kurt continuava a gritar.
"Kurt..." disse Blaine, sem terminar a frase, com um n� na garganta.
"Chega Blaine! Eu vou voltar para o nosso dormit�rio! O nosso PURO DORMIT”RIO!" gritou Kurt, batendo o copo de bebida na mesa e saindo dali.
Sam e Paul n�o diziam nada. Eles n�o faziam ideia de que os dois estavam juntos, se soubessem n�o haveriam feito aquelas brincadeiras. Blaine olhou para os dois, pediu desculpas e tamb�m se retirou, correndo atr�s de Kurt.
Kurt estava entrando no dormit�rio quando Blaine o alcan�ou. Kurt estava t�o b�bado que n�o conseguia abrir a porta com a chave e Blaine foi ajud�-lo.
"EU CONSIGO!" disse Kurt, empurrando a m�o de Blaine.
Blaine se afastou e esperou, pacientemente, que Kurt conseguisse abrir a porta. Eventualmente, Kurt n�o conseguiu e olhou com raiva para Blaine, que se dirigiu at� a porta e o ajudou a abri-la.
Quando entraram no quarto e Blaine estava fechando a porta, ele logo sentiu Kurt abra�ando-o por tr�s. Kurt come�ou a beijar seu pesco�o, atr�s da sua orelha, e o virou para si. Ent�o deu um intenso beijo nos l�bios de Blaine. "E agora, voc� me quer agora?" sussurrou Kurt, entre os l�bios de Blaine.
"K..." Blaine tentava dizer, em meio aos beijos de Kurt "K... pare... � melhor..." disse Blaine, empurrando Kurt para longe dele.
Kurt o olhou furioso para Blaine e se dirigiu ao banheiro. Blaine sentou-se, cansado, em sua cama. Ele estava triste e desapontado consigo mesmo por fazer Kurt se sentir daquele jeito. Ele sabia que o Kurt n�o agiria daquela forma se n�o tivesse bebido tanto e n�o tivesse guardado tanta coisa dentro dele.
Quando Blaine menos esperava, Kurt saiu do banheiro completamente nu. Ele teve que segurar a respira��o quando o viu se aproximando. Blaine fechou os olhos, pois sabia que se olhasse por mais um segundo, era prov�vel que n�o resistisse. Apesar de morarem juntos, eles nunca tinham se visto assim, sem roupa nenhuma.
"B, abra os olhos" provocava Kurt.
"K, v� se vestir" disse Blaine, mas sentiu que Kurt estava pr�ximo de si e com um movimento r�pido ele pegou as cobertas e colocou em torno de Kurt.
"O que voc� est� fazendo?" perguntou Kurt.
"K., voc� n�o quer isso. N�o agora. Voc� est� b�bado" disse Blaine, com carinho.
Kurt olhou para os olhos de Blaine e ficou em sil�ncio, com os olhos come�ando a ficar cheios de l�grimas.
"Desculpa, eu s� queria..." disse Kurt, chorando sob os efeitos da bebida.
"Eu sei. Eu sei. Voc� apenas bebeu demais... agora v� colocar uma roupa querido" disse Blaine, dando um beijo no rosto de Kurt.
No dia seguinte, Kurt acordou com enxaqueca. Ao abrir os olhos, a claridade o incomodou. Ele olhou para o lado e viu Blaine sentado na cama, o observando.
"Bom dia, K" disse, sorrindo.
"Bom dia, B" respondeu Kurt, desconfiado. "B., eu n�o lembro de ontem. Na verdade, eu lembro que fomos no dormit�rio do Sam e do Paul beber com eles, mas n�o lembro de mais nada"
"Voc� s� bebeu um pouco demais. Acontece" disse Blaine, sorrindo.
"Ai, eu odeio isso. Minha cabe�a est� explodindo!" exclamou Kurt, voltando a fechar os olhos e colocando as m�os em sua testa.
"Eu imaginei que isso fosse acontecer com voc�, ent�o trouxe caf� e uns p�ezinhos para voc� comer aqui mesmo"
"B., voc� � o melhor namorado do mundo. Obrigado" disse Kurt, enquanto tentava se levantar e ir at� o banheiro.
"B., por que as minhas roupas est�o espalhadas aqui no ch�o?" perguntou Kurt, de dentro do banheiro. Esta uma bagun�a de roupas suas no ch�o.
Blaine n�o respondeu, fingindo n�o ter escutado.
"Por que as minhas roupas est�o espalhadas no ch�o do banheiro?" tornou a perguntar, olhando para Blaine "O que foi que aconteceu aqui ontem?"
Kurt come�ou a ficar tenso. Havia algo errado, ele sabia.
"B., voc� tem que me dizer"
"N�o foi nada demais K. Voc� sabe como � esse neg�cio de bebida..."
"Por acaso a gente...?"
"N�o, K" respondeu Blaine, rapidamente.
Kurt come�ou a andar pelo quarto, preocupado. Blaine n�o iria contar nada, mas Kurt tinha que lembrar. Ele lembrava vagamente de algumas coisas. Eles riram, falaram sobre a Universidade, algo sobre uma tal de Jessi.
"Eu gritei com voc�" disse Kurt, virando-se subitamente para Blaine "Eu gritei com voc�, n�o foi?"
"K., voc� est� exagerando. Voc� s� ficou bravo porque n�o conseguia abrir a porta"
"Por que voc� est� mentindo pra mim? Por que voc� n�o quer me dizer o que realmente aconteceu?"
"K., voc� estava b�bado e n�o aconteceu nada demais, ent�o n�o h� raz�o para voc� ficar estressado com as coisas que voc� disse"
"Viu s� o que voc� est� dizendo? Eu falei besteira! Me conte o que eu realmente disse! Por favor, eu mere�o saber!". Por�m, Blaine n�o precisou dizer nada, pois ao olhar nos olhos de Blaine, um flashback passou pela sua cabe�a. Ele lembrou do olhar de Blaine na noite passada; do seu olhar ferido e magoado. Kurt sentiu uma dor forte em seu peito e teve que se sentar. Ele n�o podia ter feito o que fez. Ele estava come�ando a lembrar. Os insultos, as provoca��es. Por que ele havia feito aquilo?
"Meu Deus B, me desculpa!" disse Kurt, colocando a m�o no rosto, desesperadamente. Ele correu at� Blaine e segurou sua m�os "Eu... n�o sei porque agi daquele jeito"
"K., n�o se preocupe" tentava dizer Blaine, gaguejando.
"N�o! Eu n�o te respeitei! Voc� sempre disse que n�o me merecia, mas na verdade sou em quem n�o te merece! Meu Deus! Sam e Paul agora sabem! B, eu n�o ligo que a gente n�o tenha feito sexo ainda, eu juro! … claro que eu quero, mas eu n�o quero que seja na hora errada! Me perdoa! Eu n�o sei porque bebi tanto ontem, eu n�o queria te machucar!" pedia Kurt, que estava apavorado por ter feito Blaine sofrer.
"K., pare de se culpar. Eu estou errado em morar aqui com voc�, ser seu namorado, e mesmo assim achar que � f�cil n�o fazermos sexo ainda. Eu te quero. Muito. Mas, como voc� sabe... eu tenho medo"
"Eu sei. Mas voc� tem que deixar aqueles agressores para tr�s" disse Kurt, olhando docemente para Blaine.
Blaine respirou fundo e fechou os olhos. Ele amava Kurt e sabia que mais cedo ou mais tarde teria que enfrentar o seu passado. "K., est� na hora de eu te contar alguns detalhes da minha hist�ria" disse Blaine, que de repente parecia muito nervoso e segurou as duas m�os de Kurt, com firmeza.
"K., quando eu me assumi. Os meus pais n�o gostaram da not�cia. Meu pai ficou furioso, mas a minha m�e disse a ele que se ele fizesse qualquer coisa contra mim, seria pior para ele, e para a imagem da fam�lia. Ent�o, ele fingiu que essa 'coisa' de ser gay n�o existia. Minha m�e sempre esteve ao meu lado, mas meu pai me tratava como se eu fosse um objeto a mais na casa... at� aquele dia... que aqueles garotos..."
"Eu sei, B. N�o precisa reviver isso querido" disse Kurt, sofrendo tamb�m.
"Eu menti quando disse que ningu�m sabia daquilo. O que voc� n�o sabe � que quando tudo aquilo aconteceu, eu voltei para casa. Eu estava muito machucado e com vergonha. Minha m�e havia viajado a trabalho e meu pai estava em casa. Eu n�o sabia com quem falar, eu estava com medo e fui at� ele. Eu n�o contei a ele. Quando eu disse que a primeira pessoa a quem eu contei foi voc�, era verdade, porque quando ele me viu, ele meio que percebeu. Eu achei que ele ia me ajudar, mas ele apenas olhou para mim e disse que sabia que aquilo um dia iria acabar acontecendo; que quando uma pessoa era gay ela sempre acabaria nessa situa��o. Ent�o ele se aproximou de mim e deu um tapa em meu rosto. Ele continuou dizendo que os gays s� gostavam de fazer esse tipo de coisa... de... voc� sabe... ele disse coisas horr�veis, K. E disse que se eu estava pensando que um dia eu encontraria o amor sendo gay, que eu estava enganado, que a �nica coisa que eu encontraria seria sexo f�cil... e a�, ele me bateu mais ainda, at� que eu desmaiei"
Kurt chorava muito e abra�ou Blaine como se n�o fosse solt�-lo nunca mais. Ele queria tirar essa dor. Ele n�o conseguia respirar vendo o sofrimento de Blaine. As coisas faziam muito mais sentido agora que ele sabia da hist�ria completa. Todo o sexo que Blaine fazia sem se importar, seu medo em se envolver emocionalmente...
"B... o que eu posso fazer por voc�?"
"Apenas fique aqui comigo" pediu Blaine, deitando-se na cama. Kurt deitou ao seu lado, abra�ando-o. Os dois ficaram abra�ados chorando, naquela posi��o, durante horas.
"B, seu pai estava errado" sussurrou Kurt "Voc� pode encontrar o amor. Eu te amo, B" disse, beijando os l�bios de Blaine.
"Eu tamb�m te amo, K"