K&B - 462
srtaklainesz
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K&B - 462: Chapter 7


E - Words: 2,146 - Last Updated: Oct 24, 2011
Story: Closed - Chapters: 9/? - Created: Oct 09, 2011 - Updated: Oct 24, 2011
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Alguns dias se passaram e ambos n�o comentaram o acontecido com Kurt. Kurt, porque morria de vergonha, e Blaine porque se culpava pelo que havia acontecido.

Blaine estava arrumando o dormit�rio, pois sabia o quanto Kurt se irritava quando ele deixava as coisas espalhadas. Como Kurt teria aulas o dia inteiro, ele pensou que seria legal fazer esta surpresa e deixar o dormit�rio exatamente do jeito que Kurt gostava.

Ele limpou o ch�o, as escrivaninhas, o banheiro. No final, estava exausto e sentou-se em sua cama. Por�m, algo chamou a sua aten��o. Embaixo da cama de Kurt havia um caderno vermelho. Era o caderno vermelho onde ele via Kurt escrever quase todos os dias. Blaine n�o sabia do que se tratava. Uma vez perguntou a Kurt e ele disfar�ou, dizendo que era um caderno de rascunhos para a Universidade.

Blaine o pegou do ch�o para colocar em cima da mesa. Ele queria muito saber o que havia l�, mas n�o queria invadir a privacidade de Kurt. Por�m, quando o estava colocando na mesa, uma folha que estava solta no caderno caiu no ch�o. Blaine foi peg�-la e n�o p�de deixar de ler o que estava escrito nela.

"B. me frustra. Eu sei que ele passou por momentos dif�ceis na vida, mas �s vezes � dif�cil compreender porque ele coloca uma barreira t�o grande entre n�s.

Para algu�m que fica com tantos caras sem nem pensar duas vezes, ele deveria pelo menos tentar. N�o sei porque fui me interessar pela �nica pessoa no mundo que n�o consegue ter nada comigo! Eu s� queria um beijo, ser� que � pedir demais?

Ele j� beijou tantos caras, fez coisas piores com outros homens! Qual � o problema dele?

N�o sei at� quando vou aguentar isso. Eu quero esperar por ele, mas est� cada dia mais dif�cil.

Droga Blaine Anderson, eu te odeio."

Blaine ficou horas parado, segurando aquela folha de papel em suas m�os, com o cora��o apertado. Ent�o era isso o que Kurt pensava sobre ele; que ele era uma pessoa prom�scua. E pior, ele estava come�ando a odi�-lo. N�o havia nada pior que ele pudesse saber naquele momento.

Quando Kurt voltou para o dormit�rio e encontrou Blaine sentado, r�gido na cama, ele sabia que havia algo errado. Ele sentou em sua cama e ao olhar com aten��o, percebeu a folha que estava nas m�os dele. Ele entrou em p�nico e olhou atentamente para Blaine, que o olhava tristemente.

"B., o que � isso que est� em sua m�o?"

"Voc� sabe" disse Blaine, s�rio.

Kurt n�o conseguiu responder e olhou para o ch�o.

"Ent�o � isso o que voc� pensa sobre mim" afirmou Blaine.

"N�o. N�o � isso!"

"Ent�o por que escreveu?" perguntou Blaine, com raiva.

"Porque eu estava com raiva! Eu estava irritado! Foi uma coisa de momento! Eu n�o quis dizer nada disso, voc� tem que acreditar em mim! Veja! A folha estava rasgada por um motivo! Eu a arranquei do caderno assim que escrevi, porque aquilo n�o era verdade!" suplicava Kurt.

"K., voc� realmente sente isso, eu sei..." sussurrou Blaine, cansado.

"N�o! B. eu j� disse que isso n�o � verdade!"

"Voc� realmente... est� come�ando a me odiar?"

"B., nunca! Voc� � a minha pessoa preferida no mundo!" disse Kurt, saindo da cama e ajoelhando-se na frente de Blaine.

"N�o sou. N�o posso ser"

"Voc� �! Por favor, n�o leve a s�rio o que um jovem virgem escreveu em um momento de raiva" disse Kurt, tentando rir. "eu n�o consigo odi�-lo nem por um minuto. Voc� � corajoso, leal, realmente incr�vel! Eu n�o poderia pensar em pessoa melhor para ter em minha vida"

"Eu quero. Eu quero muito beijar voc� K." disse Blaine, olhando profundamente nos olhos de Kurt "Mas eu quero que o seu primeiro beijo seja perfeito para voc�. Que seja m�gico"

"B., n�o existe a f�rmula do beijo perfeito. Quando a gente se beijar, vai ser perfeito. Tendo voc� planejado ou n�o isso. Eu sei que nada foi perfeito para voc� na sua vida, mas para mim, basta que o meu primeiro beijo seja com voc�, que ele j� ser� perfeito"

"Eu queria muito beij�-lo agora, mas n�o consigo"

"B. mas e se EU beij�-lo agora?" perguntou Kurt, com a voz tremida. Ele olhou para Blaine e viu a compreens�o em seus olhos. Kurt n�o acreditava no que estava fazendo. Sua mente dizia que ele estava louco, mas o seu cora��o dizia que n�o havia momento certo, mas pessoa certa, e ali estava Blaine, o cara certo.

Os dois ficaram parados por um momento, sem se mexer. Ent�o Kurt, nervosamente, come�ou a aproximar seu rosto, lentamente. Seu cora��o batia r�pido e ele n�o sabia o que fazer. Eles come�aram a sentir a respira��o quente do outro, e seus l�bios se encontraram. Kurt n�o fazia ideia da sensa��o que seguia � um beijo. Todo o seu corpo respondia a isso loucamente. Seus l�bios se moviam ao longo da boca do outro. Uma inunda��o de prazer percorreu Kurt e ele soltou um pequeno gemido. Blaine ent�o coloca uma de suas m�os na cintura de Kurt, puxando-o para mais perto e a outra ele coloca no rosto de Kurt. Quando Kurt menos esperava, Blaine lambe o l�bio inferior de Kurt, que instintivamente abre sua boca deixando a l�ngua de Blaine mergulhar nela. Kurt geme mais uma vez quando suas l�nguas se encontram e Blaine tamb�m solta um gemido, o que faz o beijo ficar ainda mais intenso. Blaine acaricia o rosto e os cabelos de Kurt, e o beijo, apesar de intenso, � lento e perfeito. Exatamente como um primeiro beijo deve ser. Blaine queria experimentar cada parte da boca de Kurt. Seu cora��o estava batendo como nunca antes havia batido e ele n�o queria que esse momento acabasse. Eles se beijam profundamente, at� precisarem se afastar para respirar. Eles encostam a testa na testa do outro e sorriem.

"Viu? Foi perfeito..." foi a �nica coisa que Kurt conseguia dizer, ainda ofegante.

"Eu nunca beijei algu�m desse jeito"

"Nem eu" disse Kurt e ambos riram.

"B., tenho certeza que esse foi o melhor primeiro beijo que uma pessoa j� teve. Obrigado"

"K. voc� foi o meu melhor beijo"

"O que faremos agora?" perguntou Kurt.

"Podemos assistir a um filme, o que acha?"

"Me parece legal" sorriu Kurt.

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A ideia de assistir a um filme havia sido boa, mas eles n�o contavam com o desejo que ia se seguir ap�s o beijo.

Eles come�aram a assistir ao filme na cama do Blaine, como sempre faziam, mas nos dois primeiros minutos Kurt j� estava louco de vontade de beijar Blaine novamente. Blaine tamb�m n�o conseguia se segurar e quando olharam um para o outro, foi como se fossem im�s... os dois automaticamente se beijaram. Blaine segurava o rosto de Kurt e Kurt colocava suas m�os na cintura de Blaine. Este beijo foi mais urgente, mais faminto do que o primeiro. Eles j� sabiam o gosto da boca do outro e queriam cada vez mais.

"Voc� tem um gosto maravilhoso" disse Kurt, quando estavam sentados abra�ados, na cama.

"Voc� tamb�m. Seus l�bios s�o t�o macios, t�o perfeitos" Blaine dizia, enquanto passava o dedo no contorno da boca de Kurt, fazendo Kurt se arrepiar com o toque.

"Eu n�o imaginava que beijar fosse t�o maravilhoso" confessou Kurt, ficando vermelho.

"Voc� n�o imagina o quanto estou feliz por voc� ter gostado" riu Blaine, enquanto se aproximava novamente dos l�bios de Kurt. "Seus l�bios s�o como uma droga para mim, agora que eu experimentei, parece que eu nunca tenho o suficiente. Eu s� quero mais e mais..." disse, enquanto beijava a boca de Kurt, que automaticamente se abriu para receber a l�ngua de Blaine, que percorreu todo o espa�o da sua boca, como se ela o pertencesse.

Os dois permaneceram aos beijos durante longos minutos at� Kurt se afastar para respirar um pouco de ar. Eles estavam ofegantes e mal conseguiam falar.

"B... n�s temos... aquela festa para ir hoje" disse Kurt, ofegante.

"… verdade. O anivers�rio de Chris"

"Ent�o acho melhor n�s come�armos a nos arrumar se n�o quisermos ser os �ltimos a chegar" riu Kurt, dando um pequeno beijo nos l�bios de Blaine e levantando-se para se arrumar.

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Eles foram at� o dormit�rio do 3� andar, onde aconteceria a festa e logo foram recebidos por Chris.

"Kurt! Blaine! Que bom que voc�s chegaram! Sintam-se � vontade!"

Os dois sorriam e agradeceram, entrando no dormit�rio que j� estava cheio de pessoas com bebidas nas m�os. Eles viram os seus dois amigos, Paul e Sam no canto e foram em sua dire��o.

"Oi pessoal" disse Blaine.

"Ol�!"

"N�s jur�vamos que voc�s n�o viriam" comentou Sam.

"Voc�s n�o s�o muito de festa" complementou Paul.

"Voc�s sabem, � anivers�rio do Chris. Ent�o n�o pod�amos deixar de vir" explicou Blaine.

"N�o importa o porqu�, o importante � que voc�s vieram e n�s vamos nos divertir!" gritou Sam, pegando dois copos de bebida e entregando a Kurt e Blaine.

Os dois se olharam e riram. Sam gostava de pegar pesado em festas, mas eles n�o iriam na dele.

"Voc�s sumiram nos �ltimos dias. Ent�o me contem o que h� de novo?" perguntou Paul.

Kurt sorriu e estava louco para contar a novidade, mas antes que dissesse algo, Blaine respondeu: "Nada de novo. Pelo menos, nada de importante"

Kurt ficou em choque olhando para Blaine, que n�o o olhou nos olhos, continuando animadamente sua conversa com Paul e Sam. "Ser� que ele n�o queria que eles soubessem de nada?" pensou Kurt, que ficou calado durante a maior parte da festa.

"K, est� tudo bem?" perguntou Blaine, vendo que este sil�ncio n�o era normal.

"Estou" mentiu Kurt.

Ele n�o conseguia pensar em outra coisa al�m da d�vida do que se passava na cabe�a do Blaine. Ent�o, resolveu arriscar e esticou sua m�o para dar as m�os com o Blaine. Assim que seus dedos encostaram nos de Blaine, ele retirou sua m�o e a levou, disfar�adamente, aos cabelos. "Ent�o � isso. Ele n�o quer que ningu�m saiba de n�s dois".

Kurt n�o disse mais nada o resto da festa, apesar dos outros tr�s ficarem a toda hora tentando puxar algum assunto com ele. Quando j� n�o aguentava mais, disse que estava com dor de cabe�a de voltou ao seu dormit�rio.

Dez minutos depois Blaine j� estava de volta tamb�m. Kurt j� havia vestido o seu pijama e lia em sua cama.

"Voc� j� voltou?" perguntou Kurt, sem tirar os olhos do livro.

"Sim. A festa sem voc� n�o tem gra�a. J� melhor da dor de cabe�a?" perguntou Blaine, aproximando-se para sentar na cama de Kurt.

"N�o"

"Ei, olhe para mim. Quer que eu pegue algum rem�dio para voc�?" perguntou, colocando sua m�o em cima da m�o de Kurt.

"S�rio? Que merda voc� est� fazendo?" perguntou Kurt, tirando os olhos do livro pela primeira vez e olhando com raiva para Blaine.

"O que aconteceu?" perguntou Blaine, assustado, sem entender o que estava acontecendo.

"Como voc� pode me perguntar isso?"

"Eu n�o estou te entendo K. N�o sei..."

"... N�O SABE? N�O TEM NADA DE IMPORTANTE ACONTECENDO NA SUA VIDA? … ISSO O QUE EU SIGNIFICO PRA VOC�?"

"Oh, isso! K... n�o foi isso o que quis dizer naquela hora" tentou explicar Blaine, gaguejando de nervoso.

Kurt respirou fundo, tentando se controlar. "B., eu achei que o que n�s t�nhamos era especial"

"Mas � K! …!"

"Por que voc� n�o disse a eles que n�s estamos juntos? Por que voc� tirou sua m�o quando eu dei a minha?" perguntava Kurt, com um n� na garganta por segurar o choro.

"K..." Blaine deu uma pausa "Eu... eu n�o sei. Eu fiquei com medo"

"Medo de qu�? Os garotos j� viram voc� v�rias vezes com outros caras! Voc� nunca escondeu isso de ningu�m! Voc� tem vergonha de estar comigo?" perguntou Kurt, que agora come�ava a chorar.

"N�o! Me desculpa K. Eu fiquei com medo. Medo porque... apesar de terem me visto com outros caras, eu nunca fui namorado de ningu�m. Eu nunca apresentei ningu�m como meu namorado. Eu nunca estive apaixonado antes. Ent�o tudo isso me assusta tanto! Eu tenho tanto medo! Eu sempre achei que eu n�o merecia que algo t�o extraordin�rio acontecesse comigo, depois das coisas que passei. Mas eu preciso que voc� me perdoe"

Kurt n�o disse nada, apenas ficou olhando para Blaine, que estava mais nervoso do que nunca. "K., por favor, diga alguma coisa. Me desculpa"

"Voc�... voc� acabou de dizer que nunca esteve apaixonado antes... isso quer dizer, que voc�..."

"Quer dizer que eu estou loucamente, perdidamente apaixonado por voc�, K. Me desculpa por hoje"

Kurt sorriu docemente e colocou suas m�os na face de Blaine, beijando-o. "Eu n�o vou te desculpar, B, e n�o irei te apressar. Eu que tenho que te pedir desculpas por ter colocado muita expectativa em tudo isso"

"N�o K, eu sei que errei" disse Blaine, apoiando sua cabe�a no ombro de Kurt.

Kurt o abra�ou e afagou os cabelos de Blaine. Uma l�grima escorreu pelo rosto de Kurt, uma l�grima que representava a dor de Kurt em saber o quanto Blaine sofria pelo que havia acontecido com ele anos atr�s. Um acontecimento que Kurt tinha medo de nunca conseguir faz�-lo superar. A �nica coisa que ele queria � que Blaine fosse feliz, e saber que o seu cora��o estava t�o perturbado, o fazia querer trocar de lugar com Blaine e sentir a dor em seu lugar.


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