Liberdade
Madame-Nemo
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Liberdade: Chapter 3


M - Words: 742 - Last Updated: Sep 07, 2011
Story: Closed - Chapters: 3/? - Created: Aug 21, 2011 - Updated: Sep 07, 2011
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Author's Notes: Quinn POV. No próximo capítulo voltamos ao Kurt e ao Blaine mas também me vou querer focar ao longo da história na dinâmica Rachel/Quinn :) Para efeitos da história foi criada uma nove personagem - Jane - que seria uma cheerleader próxima da Quinn :)Obrigada pelas reviews!! :) Enjoy!
Estava incrivelmente nervosa. N�o me sentia pronta para ir a um funeral, muito menos ao da Jane. Sentia-me perdida num mar de emo��es que me assaltavam inesperadamente. Um sufoco enorme apoderara-se de mim e sentia-me rid�cula a ir para a Igreja. N�o tinha quase roupa preta, portanto usava o �nico vestido negro que tinha. Era de renda, curto, demasiado para se levar a um funeral. E o cabelo rosa berrante apanhado sobriamente num alto n�o ajudava, por fim atr�s da orelha um cigarro (como se tornara meu h�bito).
N�o entrava numa igreja desde o Ver�o passado e n�o me sentia preparada para l� voltar, sempre que passo por uma ocorre-me o imediato pensamento de que vou morrer. Que vou para o Inferno. Por ser quem sou. E isso eu n�o posso mudar.
- Como est�s? – ou�o a voz do Finn.
-Mal. E tu?
Tem os olhos inchados e vejo que esteve a chorar. J� fez mais que eu, penso sarcasticamente para mim mesma.
Mas um rio seco n�o chora, n�o �?
-Mal. Mas eu nem sequer a conhecia t�o bem assim. Mas imagino o que � perder um dos meus melhores amigos…
N�o, n�o imaginas. Ningu�m imagina a agonia de sentir o que � o cora��o a partir-se em infinitos peda�os, o que � saber que nunca mais vamos ver aquela pessoa, saber que n�s ainda vamos viver mesmo que ela merecesse mais isso do que n�s. Nem eu sei. Porque ainda n�o entendi que n�o a vou voltar a ver, ela ainda est� presente… N�o vou dizer isto ao Finn, ele n�o merece a verdade, encolho os ombros e retiro o cigarro de tr�s da orelha acendendo-o rapidamente, no compasso de espera. No compasso em que re�no coragem para entrar na igreja. Ele olha-me. Est� intrigado, como n�o poderia deixar de ser. Destoo aqui, como sempre destoei em todo o lado, mas n�o interessa, ele pode julgar-me o quanto quiser.
Sou o que sou.
Apago o cigarro com a ponta do meu sapato, respiro fundo, cerro o punho, e entro na igreja.
O padre olha para mim com um olhar reprovador. O que � senhor padre n�o h� meninas de cabelo pintado, tatuadas e com piercings na sua par�quia? Olho-o altivamente numa postura de desafio.
-Quinn! – ou�o a Rachel a sussurrar quando se aproxima de mim.
-Desculpa. – murmuro envergonhada, curvando-me para a abra�ar. Sinto-a a solu�ar contra mim e fecho os olhos tentando verter uma l�grima de tristeza pela Jane. Mas n�o h� �gua, s� dor…
Sentamo-nos em sil�ncio de m�os dadas a assistir a uma missa sobre a Jane. Mas o padre n�o sabe quem ela �. A m�e que discursa sobre ela nunca chegou a conhecer a filha que teve. As palavras n�o encaixam na Jane que eu conheci. Na Jane que existiu. Olho em volta e encontro o olhar do Finn, vago, perdido.
-Quero deixar ainda uma palavra aos amigos da Jane que est�o aqui presentes. Ela morreu por ter trope�ado num atacador desapertado numa noite escura em que estava sozinha fora da discoteca. Por favor… Por favor andem juntos e… E mantenham os atacadores ap.. apertados.
O meu est�mago revolveu-se, tudo o que a m�e dela tinha dizer aos amigos dela era isto…? Nem um obrigado, ou um convite para partilhar mem�rias nem… Nada. O padre acenou em concord�ncia e eu fiquei a pensar se algum deles sabia que a Jane era claustrof�bica e tinha pavor � ideia de que quando morresse teria de ficar enclausurada num caix�o…
… claro que n�o sabiam.
L� estava ela num.
Sa�mos da missa, de m�os dadas ainda. Estacamos na entrada � espera que o Finn sa�sse, mas na sua vez apareceu a figura s�bria do padre, idoso de rugas marcadas e de cabe�a calva.
-Como se atreve a voltar a esta igreja? – a voz fria do padre corta o ar e a�oita-me violentamente. Olho-o intensamente e reconhe�o os olhos azuis, a pele clara, os dentes amarelados. Envelhecera rapidamente, mas ainda era ele. N�o respondo, n�o tenho nada para lhe dizer. – Os da sua laia n�o teem lugar na casa de Deus. E muito menos depois do espect�culo que armou � seis anos. V�-se embora. Se se arrepender, Deus perdoar-lhe-� os pecados, mas pelo seu aspecto vejo que n�o…
Volta a entrar na Igreja deixando para tr�s o peso do seu discurso a construir uma barreira entre mim e a Rachel. N�o vou criar a primeira fissura. N�o consigo.
-O que aconteceu h� seis anos atr�s?
-Nada. Absolutamente nada.

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