K&B - 462
srtaklainesz
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K&B - 462: Chapter 6


E - Words: 1,484 - Last Updated: Oct 24, 2011
Story: Closed - Chapters: 9/? - Created: Oct 09, 2011 - Updated: Oct 24, 2011
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Alguns dias passaram e Kurt e Blaine continuaram com a sua rotina. Eles tomavam caf� juntos e depois cada um ia para sua respectiva aula. Ao final do dia, ficavam horas contando sobre o que fizeram e aproveitavam para assistir a algum filme.

Kurt sabia que seria dif�cil para o Blaine baixar a guarda. Ele havia se acostumado a n�o escutar o seu cora��o, e o fato de existir a possibilidade de gostar de verdade de algu�m, o estava assustando. Mas Kurt sabia o que queria, e seria capaz de esperar a vida inteira para que Blaine estivesse pronto.

Em um fim de semana no qual n�o havia nenhum compromisso para os dois, n�o havia trabalhos nem provas para estudar, Kurt resolveu convidar Blaine para um passeio a um lugar, ali perto, que era muito importante para ele.

"Para onde estamos indo?" perguntou Blaine, sentado no banco do carona do carro de Kurt.

"Para um lugar onde eu sempre vou quando estou triste ou quando quero pensar um pouco" disse Kurt, piscando para Blaine. "… aqui perto"

Eles pegaram a estrada e em poucos minutos Kurt pegou uma pequena trilha e estacionou o seu carro. Os dois desceram e Kurt guiou Blaine por uma pequena floresta.

"Para onde estamos indo, K?" perguntou Blaine, desviando dos galhos das �rvores e evitando trope�ar.

"Calma, vai valer � pena, confie em mim"

Blaine confiava em Kurt mais do que em qualquer outra pessoa no mundo. E quando Blaine menos esperava, as �rvores sumiram e ele se deparou com uma vis�o incr�vel. Era poss�vel ver toda a cidade daquele lugar.

"K., isso � lindo" disse Blaine, sem conseguir tirar os olhos daquela imagem.

"D� pra ver a cidade toda daqui de cima. Poucas pessoas conhecem. E � um lugar t�o lindo!" disse Kurt, sentando-se no ch�o "a cidade fica t�o pequena vista daqui. … bom para percebermos o quanto somos pequenos nesse mundo"

Blaine virou para olhar Kurt pela primeira vez e sorriu. Ent�o se aproximou e sentou-se ao seu lado.

"Ent�o � aqui que voc� gosta de vir para pensar?"

"Sim..."

"Por que voc� nunca comentou sobre esse lugar?"

"Porque eu gosto de sentir que esse lugar � s� meu, entende? … algo especial e que s� eu conhe�o"

"... e voc� me trouxe hoje" disse Blaine.

Kurt virou o rosto para olhar nos olhos de Blaine. "Sim, eu trouxe voc�"

"Por qu�?"

"Porque esse lugar � importante para mim, assim como voc� tamb�m �"

Blaine sorriu olhando para baixo, sem encarar Kurt.

"O mais bonito daqui � o p�r-do-sol. … uma pena que voc� n�o ir� ver" lamentou-se Kurt.

"Por que n�o? Podemos ficar aqui at� o p�r-do-sol"

Kurt se surpreendeu e deu um enorme sorriso para Blaine, que sorriu de volta. Eles continuaram conversando sobre diversos assuntos. Kurt contou de como come�ou a ir �quele lugar, que foi em um dia em que havia se perdido e quando viu a vista, ficou l� sentado durante 3 horas admirando tudo.

Blaine contou a ele que tamb�m tinha um lugar preferido, perto da cidade onde nasceu. Era um campo aberto, e na primavera ficava cheio das mais diversas flores. Ele costumava brincar l� quando crian�a e at� hoje chega a sonhar estar passeando por l�.

"Olha, o sol est� se pondo!" exclamou Blaine, emocionado.

"Sim, est�" sorriu Kurt.

"Eu nunca vi nada mais lindo em toda a minha vida. Obrigado K."

Blaine admirava o p�r-do-sol, mas Kurt n�o estava olhando para isto, ele estava olhando diretamente para Blaine, admirando o brilho em seu olhar e a alegria que ele via em seu rosto. "Ele � a coisa mais linda que eu vi em minha vida" pensou Kurt.

Quando escureceu, Kurt deitou-se na grama. Ele gostava de olhar as estrelas dali; aquilo o acalmava. Blaine gostou da ideia e deitou-se ao seu lado, ficando em sil�ncio por alguns minutos.

O sil�ncio era impactante e eles podiam ouvir a respira��o um do outro. Kurt estava feliz de estar ali com Blaine, mesmo que apenas como um amigo. Dividir algo t�o particular e importante com ele era algo m�gico.

Blaine fechou os olhos e sentiu a paz daquele lugar. A paz que vinha da floresta e a paz que vinha de Kurt ao seu lado. Ele queria tanto o Kurt, mas n�o conseguia quebrar essa barreira. Seu cora��o estava apertado. "Um dia serei bom o suficiente para ele" pensava Blaine.

"K."

"Sim"

"Obrigado"

"Voc� j� disse isso" riu Kurt.

"Eu sei, mas n�o � por isso"

"Ent�o � por qu�?"

"Por n�o me pressionar. Obrigado"

"B. eu n�o quero que voc� se preocupe com isso. Eu s� quero que saiba que eu vou estar aqui, te esperando"

Blaine fechou os olhos novamente "K., isso n�o est� certo. Voc� � quem n�o tem experi�ncia! Eu devia estar te ajudando, e estou fazendo o oposto disso"

"B, por favor, hoje vamos ser apenas Kurt e Blaine. Vamos apreciar esse momento juntos, neste lugar t�o bonito. N�o h� necessidade de se preocupar com nada. Eu estou muito feliz por estar aqui com voc�... desse jeito"

Blaine respirou fundo aquele ar fresco e sorriu. Ele estava mesmo em um lugar incr�vel, e com a pessoa mais incr�vel que ele conhecia. N�o havia o que temer.

Eles continuaram deitados olhando as estrelas e Kurt estava fascinado porque, apesar de ter ido �quele local diversas vezes, ele nunca tinha visto tantas estrelas no c�u. Parecia o cen�rio de um filme prestes a ser gravado.

"Hoje o c�u est� especial" disse Kurt.

"Eu percebi" respondeu Blaine, respirando fundo.

E como por um milagre, Blaine, ainda olhando para o c�u, esticou sua m�o e pegou na m�o de Kurt.

Kurt automaticamente se arrepiou com o toque. Ele n�o esperava por isso e seu cora��o acelerou. Ele ent�o ajeitou sua m�o na de Blaine, sentindo o quanto elas se encaixavam perfeitamente. Kurt percebeu naquele momento que n�o eram eles que viam as estrelas, mas eram as estrelas que estavam assistindo aos dois.

Blaine queria dar o mundo a Kurt, mas naquele momento, a �nica coisa que conseguia entregar era este pequeno gesto. Os dois sentiam a for�a e intimidade do que estava acontecendo. O corpo dos dois ansiava por mais do que aquele toque.

"K."

"Sim" respondeu Kurt, ainda sem respirar direito, sentindo a m�o de Blaine na sua.

"Eu gosto muito de voc�"

"Eu tamb�m gosto muito de voc�, B"

"Eu s� preciso..."

"... eu sei" disse Kurt, interrompendo Blaine. Ele sabia do que ele precisava: tempo. Por mais dif�cil que fosse esta situa��o, Kurt sabia que valeria � pena; ele seria capaz de esperar a eternidade por ele. Se fosse preciso, ficaria de m�os dadas com Blaine o resto da sua vida.

"Assim est� perfeito, B"

###

Depois daquele passeio, as coisas n�o foram mais as mesmas para Kurt. Ele n�o sabia o poder que havia em um simples toque. Era como se Blaine tivesse apertado um bot�o e ligado o circuito do seu corpo.

Kurt desejava Blaine como nunca havia desejado ningu�m. Seu corpo ardia de desejo e ele n�o sabia como controlar. Enquanto isso, Blaine tentava superar seus medos e se aproximava de Kurt sempre que podia. Ele tamb�m desejava Kurt, mas ainda n�o sabia como lidar com isso.

Eles estavam assistindo a um filme, sentados na cama de Blaine, como sempre faziam nas noites em que n�o havia muita coisa para estudar. Seus ombros se tocavam e ambos sentiam a tens�o daquele toque. Kurt come�ou a sentir seu cora��o disparar cada vez mais. Seu corpo queria mais do aquele simples toque de ombros. "Oh, n�o. N�o agora" pensou Kurt, desesperado, quando sentiu o seu p�nis come�ar a ficar duro. Blaine iria perceber, e ele estava morrendo de vergonha. Precisava sair dali.

Kurt saiu correndo da cama, procurando disfar�ar o volume em sua bermuda.

"K., o que foi?" perguntou Blaine.

"Nada"

"Como nada? O filme n�o acabou!" estranhou Blaine, que sabia o costume de Kurt em assistir os filmes sempre at� o final.

Kurt estava ofegante e n�o conseguia pensar direito, mas sabia que n�o podia virar para Blaine.

"K., por que voc� est� de costas pra mim? Aconteceu alguma coisa?"

"Nada, eu s� preciso ir ao banheiro" disfar�ou Kurt.

"Eu te conhe�o, pode parar a�, o que est� acontecendo?"

Kurt estava nervoso e farto daquelas perguntas. Ele n�o sabia o que fazer.

"J� DISSE QUE N�O … NADA!" gritou, indo em dire��o ao banheiro, mas Blaine foi mais r�pido e segurou o bra�o de Kurt, virando-o para si.

"K, o que foi?" perguntou mais uma vez.

"N�o toque em mim!" disse Kurt, abruptamente, e Blaine o largou na mesma hora.

"Desculpa, K. Eu s� fiquei preocupado" explicou Blaine, com olhar triste.

"B, eu n�o sei mais o que fazer" explodiu Kurt "eu n�o consigo mais ficar perto de voc� sem..."

"Sem o qu�?" perguntou Blaine, ainda sem entender.

Kurt ficou vermelho de vergonha e Blaine percebeu, olhando para a protuber�ncia na bermuda do Kurt.

"Eu n�o sei se � porque sou virgem, mas eu n�o consigo deixar de ficar excitado quando voc� encosta em mim" disse Kurt, muito envergonhado. "Est� feliz agora?" perguntou Kurt, com raiva, mas ainda vermelho de vergonha.

Os dois ficaram sem gra�a, olhando para os lados. Blaine n�o dizia nada.

"Eu... eu preciso ir ao banheiro" disse Kurt, em voz baixa, deixando Blaine parado no meio do dormit�rio.


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