Liberdade
Madame-Nemo
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Liberdade: Chapter 1


M - Words: 698 - Last Updated: Sep 07, 2011
Story: Closed - Chapters: 3/? - Created: Aug 21, 2011 - Updated: Sep 07, 2011
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Author's Notes: Kurt POV
Era incr�vel como qualquer sa�da de grupo terminava num drama pegado. Mesmo quando �ramos poucos, as mais mirabolantes coisas aconteciam numa sucess�o de acontecimentos incontrol�veis � minha volta. Lentamente a impot�ncia instalava-se em mim e a tens�o constru�a-se entre todos. Fechei os olhos e encostei-me a uma parede, deixei o som das colunas entrar em mim e senti o bater do meu cora��o a adaptar-se lentamente ao da batida da m�sica, at� atingirem o violento un�ssono. Apetecia-me desaparecer de todos os problemas, dissolver-me no ch�o e passar a fazer parte integrante daquela discoteca, deixar de ser humano, deixar de pensar… Deixar de sentir. Sim, seria uma mudan�a agrad�vel.
-Vamos embora Kurt. N�o estamos a fazer nada aqui… - o sussurro da Mercedes despertou-me dos meus pensamentos, abri os olhos e deparei-me com a cara dela preocupada comigo. Tentei sorrir-lhe mas os meus m�sculos pareciam presos como se n�o percebessem o sentido de sorrir… Desisti e limitei-me a acenar seguindo-a.
O ar da noite entorpeceu-me e olhei para a Mercedes, tinha o semblante preocupado, tive a certeza que lutava para saber o que fazer comigo. Queria perguntar-me o que se passava mas n�o tinha coragem.
-N�o aconteceu nada de mais. Uma pequena discuss�o, foi s� isso. – minto-lhe para a acalmar, para que ela me possa acalmar a mim. Eu preciso de acreditar nesta mentira, e se � algu�m que me pode ajudar nisso � ela.
-Tens a certeza…? Vou chamar um t�xi. N�o tens de ficar aqui Kurt. Est�s cansado, eu percebo se fores embora.
-S�o os teus anos, eu n�o me vou embora. E desculpa se te estou a estragar a festa.
-N�o est�s. Vou chamar o t�xi, e n�o te preocupes minimamente com isso.
Sorrio. … claro que estou a estragar a festa, sou perito nisso. Estrago tudo em que toco, � algo que me � natural. Sento-me no passeio frio e deixo a noite embalar-me. Uma l�grima rola pela minha face e turva-me a vis�o, mas n�o o suficiente para n�o reconhecer quem se aproxima de mim.
-Temos de falar.
-N�o. – Abano a cabe�a energeticamente, quero-o fora da minha vida (ou pelo menos da minha noite) o mais rapidamente poss�vel.
-Kurt… N�o � n..na..ah..da do que par..gue..ce!
-Est�s b�bado, e � exactamente o que parece! Bolas! Falamos amanh�, hoje j� chega!
-Eu n�o fiz nada. – reclama encolhendo os ombros.
-Ai n�o? Oh, �ptimo! – levanto-me do passeio e enfrento-o se igual para igual. Chega da Kurt receoso. Chega. – N�o mandas em mim! P�ra! Eu sou mais do que isto. Eu sou mais do que tu. Bateste-me Dave. Tu levantaste-me a m�o. N�o sonhes que vou perdoar-te isso. Estilha�as-te a minha confian�a em ti, �s… Eu n�o vou ser t�o reles como tu. Recuso-me a descer � tua mediocridade, recuso-me, sou melhor que tu, e a partir de hoje vou prov�-lo a quem me quiser ouvir. N�o preciso de ti, vou ser eu mesmo. Acabou. – As palavras caem numa sucess�o de arrepios, sinto-me mais leve e liberto, pela primeira vez em tr�s anos, sinto me eu mesmo e n�o o produto de outra pessoa. As l�grimas marcam-me a face num trilho de sal agridoce. N�o fa�o ideia quem sou sem ele, mas tamb�m j� n�o sabia quem ser com ele. Ele olha-me desconfiado, n�o tem reac��o para a minha atitude, n�o estou a fazer o que ele quer, o que ele me pede. O sussurro das minhas palavras ainda lhe ecoa na mente, est� a tentar desfaz�-las encontrar o caminho para fora do labirinto da embriaguez para descobrir o que fazer comigo. Olho em volta, a Mercedes est� l� longe a terminar a chamada. Secretamente, gostava que mais algu�m tivesse ouvido o meu discurso de liberta��o, o vendaval de palavras que jorrou de mim, h� de se perder entre o murm�rio do vento e a minha mem�ria…
Mas existiu.
-Tu n�o podes acabar comigo. N�o podes. - Vejo o rancor a turvar-lhe o olhar e num gesto de c�lera empurra-me com toda a sua viol�ncia, caiu na rua escura e bato com a cabe�a, ou�o um estrondo, vozes, agita��o e n�o sei… N�o sei o que fazer.
N�o me consigo mexer. Limito-me a sorrir e a gozar a minha liberdade.
End Notes: Será que alguém vai ler isto? Hmmmm....

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Oh meu Deus :) Obrigada!! Eu vou continuar :) bjs